19 maio 2009

Funeral Blues - W.H.Auden

Parem os relógios
Cortem o telefone
Impeçam o cão de latir
Silenciem os pianos e com um toque de tambor tragam o caixão
Venham os pranteadores
Voem em círculos os aviões escrevendo no céu a mensagem:
"Ele está morto"

Ponham laços nos pescoços brancos das pombas
Usem os policiais luvas pretas de algodão.
Ele era meu norte, meu sul, meu leste e oeste.
Minha semana de trabalho e meu domingo
Meu meio-dia, minha meia-noite.
Minha conversa, minha canção.
Pensei que o amor fosse eterno, enganei-me.
As estrelas são indesejadas agora, dispensem todas.
Embrulhem a lua e desmantelem o sol
Despejem o oceano e varram o bosque
Pois nada mais agora pode servir.
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Tenho pensado nesse poema esses dias e não sabia porquê, talvez agora eu saiba, mas espero estar errada, não tenho a menor intenção de ir num funeral esse ano novamente, já fui em um, já está de bom tamanho.
Esse poema é lido no filme "Quatro Casamentos e um funeral" e a cena é tão linda, tão triste, me tocou profundamente, nunca esqueci.
Hoje o texto está confuso, talvez eu esteja, não sei, vou dormir...

Um comentário:

Sandra disse...

Adoro este poema também... muito bem registrado...
;o)
bjs