16 dezembro 2009

PARA DANIELA


Percorri um caminho que jamais seria possível sem a Daniela, Dani para os íntimos. Foram 3 anos e 5 meses, 41 meses, 1.230 dias mais ou menos.

Lá no começo ela me disse que não seria fácil, que muitas vezes teria muito ódio dela, ia querer parar, nunca mais voltar, mas que estaria do meu lado, caminharia exatamente ao meu lado, nem à frente, nem atrás e ela cumpriu o combinado.

Como ela avisou tive dias muito difíceis, que saí arrasada, que vi e mexi em coisas que não queria, descobri coisas sobre mim que não sabia, me conheci em vários sentidos.

Cortei muita coisa que não me servia mais, e isso refere a roupas, sapatos, livros, pessoas. Mudei de casa, de aparência, de estilo, mas principalmente mudei por dentro. Ela me disse que o meu exterior hoje reflete o meu interior, e isso me deixou muito satisfeita.

Deixei de me envolver com o que não era do meu interesse, parei de me “misturar” e também não deixei mais invadirem meu espaço.

Não deixei de amar as pessoas realmente importantes na minha vida, mas fui VIVER a minha, sem peso na consciência, virei uma EGOísta, passei a pensar, a me preocupar com meu bem estar.

Uma das primeiras perguntas que ouvi foi “Quem cuida da Eli?!”, isso doeu demais, porque ninguém cuidava, nem eu!!! Que absurdo. Hoje EU CUIDO de mim, talvez não da forma ideal, porém já estou bem adiantada e vou chegar lá.

Sou muito grata a Dani, ela é, foi e será muito importante na minha vida. Enquanto tiver consciência, respirar e ser dona dos meu atos me lembrarei da minha companheira de viagem, a que me abriu um novo mundo e me ajudou a me inserir nesse mundo.

Foi um processo terapêutico que não tem preço, é incalculável, não da para medir em palavras, mesmo que escrevesse por todos os dias que passei no seu consultório não daria para expressar o que foi tudo isso.

Agradeço ao Hebert por ter me indicado a Dani, ele me disse que ela era a pessoa certa para me ajudar e acertou na mosca!

DANI, cada hora, cada sessão foram importantes demais pra mim, nunca esquecerei as nossas conversas, as nossas risadas, todas as vezes que fiz você rir com alguma tirada e se um dia eu escrever um livro você será uma das primeiras pessoas a receber um exemplar, porque sempre me incetivou.

Vou continuar meu caminho sozinha, vou voar, sei que estará disponível, que posso voltar quando quiser, é bom saber que existe um porto seguro para retornar. Agora tenho que andar pelas minhas próprias pernas, é preciso, eu preciso, e ainda tenho uma tarefa: acreditar em mim como você acredita, vejo isso em seus olhos, quando fala comigo, quando me ouve, quando me entende.

Agora eu me vou, o caminho é longo, sempre que puder lembre de mim, saiba que você faz parte da minha vida, do meu espaço, do meu mundo.

Obrigada é muito pouco, porém é a palavra que nosso idioma tem para expressar o que sinto agora.

Ah, estou sentindo e não pensando!!!!

Beijos.

11 dezembro 2009

Quero um homem de pegada!


Sei que o título pode parecer apelativo, mega carente, mas cansei de homem com mão boba indecisa, homem que não sabe pegar, que não sabe falar, que não sabe o que quer.

Quero um homem que saiba pegar, que fale “vem cá, minha nega!”, que me chame de lagartixa e me jogue na parede, que me chame de duplicata e me ponha no pau.

Onde estão esses homens? Ficaram presos no século passado? Impossível que eles tenham desaparecido do mercado, que tenham se tornado um animal em extinção e se foi isso que aconteceu porque não abriram nenhuma ONG para tentar encontrar algum e tentar preservar a espécie? Cadê o Greenpeace? Será que terei que fazer passeata na rua?

Será que eles estão nas obras, nos salões de forró, nos pagodes, nos churrascos de final de semana, nos botecos de esquina jogando sinuca, nos “arrasta-pés” da vida? Porque nos lugares que vivo e freqüento não vejo nenhum.

Vi no programa da Oprah um documentário dizendo que as mulheres escolhem os homens pela sua renda anual, mas que isso está mudando porque muitas não precisam disso, são independentes. Esse é o meu caso, meu salário é suficiente prá mim, não preciso disso.

Já ouvi dizer que como as mulheres estão muito fáceis, que têm muitas no mercado, os homens se fazem de difícil, escolhem bastante, mas me parece que o “macho man” hoje só existe na música que os gays adoram.

Na minha última ida ao Rio de Janeiro peguei um taxista que adora conversar e como estava atrasada e com medo de perder o vôo (acabei passando tanto medo com ele correndo na Linha Amarela que quase me arrependi de ter pedido que ele fosse rápido) entrei no papo dele.
Começou perguntando se vou sempre pra lá, etc, se meu marido estava me esperando, crianças, bla, bla, até eu falar que ninguém me esperava, nem peixe de aquário prá ele dizer que era um absurdo que uma mulher como eu, bonitona, bla, bla, estivesse sozinha, respondi que achava que se morasse no Rio já teria casado 5 vezes e ele me disse que não sabia se teria casado tanto, mas que solteira não estaria com certeza.

Então não estranhem se um dia eu fechar o blog e me bandear pro Rio de vez e não simplesmente ter um quadro da cidade na minha sala.

Paulistas, mexam-se, pelo amor de Deus, ou melhor, aprendam a pegar!!!!

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Trilha sonora: Justin Timberlake - Sexy Back
http://www.youtube.com/watch?v=ofFSXKk5yhQ