17 abril 2010

Estranho amor, forte amor, louco amor




Como se põe um amor de 26 anos em palavras? Não faço ideia.
Lembro bem do dia que o vi a primeira vez, foi na TV na Gazeta com o vídeo “Pride” em 1984, fiquei doida, quem é aquele cara lindo, que canta com a força de um deus e a voz de um anjo?
Descobri que era uma banda irlandesa chamada U2 e que ele era o Bono Vox (segundo nome que não usa mais).
- Muito prazer, lindo, maravilhoso, quero saber mais de você, quero fazer parte da sua vida, ou melhor, já que isso não é possível, que venha fazer parte da minha.

Desde esse dia ele me acompanhou na faculdade, nos meus namoros, na primeira transa, nos meus sucessos, nos meus desencontros, no meu crescimento. Ficava algum tempo sem dar notícia, mas quando dava era sempre em forma de música. De longe também acompanhei as mudanças de visual, de comportamento, de aumento da família, da participação cada vez mais ativa em movimentos sociais e nesse ponto sou obrigada a reconhecer o envolvimento da minha eterna “rival”, a Ali, sua esposa. Ai, como já senti inveja dessa mulher, mas passou, ele é meu amor idealizado.

Quando veio ao Brasil em 1998 eu era uma das primeiras na fila para comprar os dois ingressos do show em São Paulo, me arrependi de não ter ido ao Rio e foi uma emoção indescritível quando ele entrou no palco naquele janeiro, verão, ainda tinha sol quando chegou e já cantando. Foi uma coisa linda, jamais vou esquecer, ainda teve a dose dupla no dia seguinte, mais perto, na pista, mas nunca perto o suficiente para matar a minha vontade de agarrá-lo, apertá-lo, de ser escolhida para dançar com ele, juntinho...

Depois ficou anos sem aparecer por aqui, voltou em 2006 e fui taxada de louca por muita gente, enfrentei uma fila de 12 horas e não consegui comprar o ingresso, cheguei em casa quase meia-noite chorando, sem acreditar que ele viria e que não estaria lá para vê-lo. Para o segundo show a venda foi por telefone e mais de 10 pessoas estavam tentando comprar para mim, o medo era que infartasse ou coisa parecida se não fosse encontrá-lo. Deu tudo certo, fui a primeira a conseguir comprar e ainda peguei para mais gente. Perto do show consegui comprar ingresso para ir no outro também, a desorganização foi tanta que não sei como a empresa que vendeu os ingressos não faliu por conta das pragas que eu e milhares de pessoas jogamos.

Mais uma vez eu tive a oportunidade de estar no mesmo lugar, de poder cantar, gritar, me emocionar, foi demais. E desde então estou esperando por ele. Infelizmente não pude sair do Brasil para ir ao seu encontro, ainda estou na torcida que ele venha e me faça feliz novamente.

Dia 10 de maio ele completa 50 anos, sempre brinquei com minhas amigas que se me vissem abraçada a um homem mais velho podiam apartar que era briga e no entanto chegou o dia em que me vejo apaixonada por um cinqüentão. Claro que não é qualquer cinqüentão, é O cinqüentão. Mas também depois de 26 anos eu também não sou mais uma mocinha, os cinqüenta logo virão ao meu encontro, mas até lá vou curtir o dele.

Claro que tudo isso é um amor de fã, não tem uma conotação de não ter noção da realidade. Suas músicas, as letras, sua poesia falam ao meu coração, mesmo após tanto tempo. É desse amor que eu falo, que me alimenta, que me faz bem e que me deixa louca, pirada quando sei que ele está em terras tupiniquins.

Enfim, meu “amor” fará 50 anos dia 10 de maio, ele se chama Paul Hewson, vulgo Bono, vocalista do U2, que irei amar até mesmo quando ele for centenário e ninguém, jamais, vai ocupar o espaço que ocupa no meu coração e na minha vida.

Obrigada por me fazer tão bem, Bono!



www.paulhewson.com
www.u2.com

3 comentários:

disse...

Além de super do bem ele é gato... ai, Gsuis!
:)

Lindo texto!
E parabéns pro seu Bono!

Dani disse...

Oi, Eli,

Adorei o blog, vou linkar lá no meu mundo :)

E parabéns por este post em particular, está emocionante, suuuuper bem escrito!

Bjs

Fabi Fernandes disse...

Viva o eterno amor da Eli e de outros milhares de fãs!!
Na próxima eu vou. Prometojuro!!!! hihi
bjs