27 março 2009

Pequena fábula sobre um principe quase perfeito




Num reino distante vivia um pequeno príncipe e seu jardim. Um dia uma raposa passou por ali e se encantou com a harmonia que lá existia.
Esse príncipe vivia feliz, dava bom dia ao Sol, boa noite a Lua, brindava todas as flores, rosas e cravos do jardim com a sua alegria.
Ele era bem querido por todos e aos poucos recebeu a raposa como um deles. Ela adorava ir até lá e ficar perto daquele menino que a tratava tão bem, que lhe dava tanta atenção, a ponto de algumas flores ficarem enciumadas.

Sendo uma raposa esperta ela não impunha a sua presença a não ser quando o príncipe reclamava e ela ia visitá-lo. Sempre manteve uma distância respeitosa e amigável, pois esse ser da realeza tinha uma princesa em casa. A raposa nunca a viu, a não ser numa festa quando nem se conheciam direito, mas sempre soube da sua existência e, portanto, por saber se tratar de uma pessoa da realeza, também deixava claro sua deferência.

Nesses tempos modernos os príncipes mudam de reinos e lá se foi o menino principe reinar em outras redondezas. Esse novo local era longe da área que a raposa podia visitar, então se separaram, porém o carinho adquirido nos tempos que se conheceram continuou, a distancia não foi suficiente para acabar.

Se estamos falando em novos tempos eles tinham a seu favor os recursos digitais, então essa era a forma de saberem um do outro e assim o tempo (não tão longo) se passou.

Vieram novas estações, mudanças, crescimento, festas, o mundo girou e a vida os reaproximou. Havia algo de errado no castelo do príncipe e ele se lembrou da amiga raposa, provavelmente ela o entenderia.

Quando se reencontraram a raposa viu que o menino havia ficado para trás, havia um homem no lugar, ele não havia deixado de ser príncipe, mas havia crescido, amadurecido e começou a enxergar coisas que antes não via.

A lei “tu és eternamente responsável por aquilo que cativas” ainda continuava valendo nesse novo século e atendendo a essa lei eles retomaram o contato. O problema é que talvez ele não tivesse entendido a lição sobre cativar e a raposa fora do mundo perfeito que ele vivia no jardim também não era a mesma, agora além da sua atenção também queria retribuição e como o príncipe se acostumou a só receber criou-se um impasse.
A raposa percebeu que eles não se conheciam de verdade, o que haviam vivido antes foi algo que não cabia no mundo real, atual e teriam que se acertar. Até onde o egoísmo de um e a carência de outro iam se ajustar?

Infelizmente nesse novo século as estórias não têm moral a ensinar e muito menos tem um final para agradar ao atento leitor.

Peço desculpas, mas passe daqui a algum tempo, quem sabe eles se entenderam ou então caíram na real que eram de espécies animais diferentes e não tinha lógica nenhuma se falarem e ainda mais terem algum tipo de entendimento.

Fim (por enquanto...)

Um comentário:

Sandra disse...

Aguardemos este final que a vida escreverá, quem viver, verá! rsrrsrs
;o)
bjssssssssss