20 agosto 2006

SAUDADES, MUDANÇAS, REALIDADE....

Enquanto pensava se abriria um novo blog ou atualizava o antigo estava cheia de idéias sobre o que escrever, pensamentos “profundos” e agora essa página em branco me olha como se dissesse “E aí?”.

Eu é que pergunto “E aí?”. Sinceramente não sei...
Parece que as palavras fugiram, fizeram greve como os funcionários do metrô essa semana (diga-se de passagem, que greve mais besta, não serviu para nada e atrapalhou horrores).

Uma das coisas que me lembro que deu vontade de escrever foi um comentário de uma amiga casada que sempre que me escreve finaliza com “Saudades”, às vezes me escreve somente isso. Fiquei matutando com meus botões, será que é saudade de mim ou saudade do que eu represento para ela?
Porque eu continuo indo a festas, encontrando os amigos, indo e vindo quando bem quero e ela não pode mais, tem filho pequeno, marido, cachorro, etc.

Acredito que sinta minha falta, mas no fundo é muito mais que isso, é falta do que ela imagina que está perdendo, do que ficou para trás, das novidades que acredita que estão ocorrendo e que não tem acompanhado.

Na verdade as coisas continuam as mesmas: as baladas cheias de gente, que mal falam com as outras pelo barulho, muitos mal se olham, os amigos quando se encontram nunca tem muito tempo para os outros, no máximo falam dos próprios problemas ou querem saber da vida daqueles que não tem comparecido, como a amiga casada sumida, quem está com quem, etc.
O ir e vir é opcional, porque independe da condição da pessoa, a não ser que ela esteja presa, continua tendo esse direito, é só se adaptar.

Tenho vontade de dizer a ela que curta o que está vivendo, porque isso também passa, filho cresce, mudam as prioridades e se ela não ficar atenta vai sentir saudades do que não viveu.

E com tantas mudanças que tenho feito na minha vida logo também não vai me reconhecer se não sair do virtual e marcar para nos vermos.
È, a vida é isso mesmo: momentos reais, atuais, não o que ficou e nem o que virá.

Escrever agora, nesse momento, é transformar a saudade que eu sentia em um prazer real, que me faz feliz e me ajuda a caminhar.

4 comentários:

Anônimo disse...

É isso mesmo: o outro lado da porta sempre é mais tentador, mas nem sempre significa que é melhor ou pior. Voltou com tudo mulher!!!
Fico feliz!
;o)
bjks,

Anônimo disse...

Eli,
estou feliz por vc ter aberto um novo espaço...
bjos querida!!!

Anônimo disse...

Saudades...
(a minha, é da falta de tempo... ou melhor... de encontrar tempo... pra gente se ver, se falar..)
bjs

Anônimo disse...

Que legal, gostei!